terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Esquecido

Re-postando o conto do Esquecido

Jair era mesmo muito esquecido...

Encontrou Arlindo na rua e logo pediu do show do dia anterior.

- E aí Arlindo, foi no show ontem? Como estava?

- Não... mas que show?

- Acho que era do Ozzy Osbourne ou Judas Priest...

Arlindo surpreso responde.

- O Judas Priest tocou em Porto Alegre?? E eu não fui??

Jair parecia confuso.

- Não não... acho que era Blind Guardian... ou talvez Lady Gaga...

Arlindo já ria por dentro. Jair sempre foi assim, e o amigo estava acostumado, só não sabia se era problema de nascença ou havia batido a cabeça em certa altura da vida.

Esquecia o que comera no dia anterior, se já havia tomado banho e os compromissos de amanhã. Sua família sofria com isso, esquecia os filhos na escola, o jantar com a mulher e... ESPERA AÍ JAIR, CADÊ SUAS CALÇAS?

Jair era mesmo muito esquecido...

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O Shampoo e a Conspiração

Seu Jacinto era um homem instruído, buscador da verdade e mais do que nunca um ser íntegro e honesto. Não tinha o que reclamar da sua perfeita vida, em exceção de uma coisa, estava sofrendo do maior mal do homem moderno, a queda de cabelo.

Seu Jacinto adentrou na farmácia, procurando, olhando, campeando, até que perguntou ao farmacêutico:

- Olá, Você tem algum remédio que inibe a queda de cabelo?

- Olá senhor... não temos remédios para esse tipo de problema, mas temos esse maravilhoso shampoo que diminui a queda de cabelo em 90%.

Jacinto era um homem conservador e contra qualquer tipo de produtos químicos, usava sabão para lavar os cabelos.

- Pois é, não sei se vou levar.

- Senhor, esse shampoo é a novidade do mercado para o verão, todos como o senhor estão comprando e os resultados são milagrosos.

- Sabe como é, não costumo usar esse tipo de produto.

O farmacêutico fazia bom uso de suas palavras para vender sua mercadoria.

- Entendo, nunca é tarde para começar... veja eu, uso o shampoo e meus cabelos já estão com 30 cm.

- Impressionante... mas sabe como é, essas substâncias químicas podem afetar o cérebro. Não duvido que o governo esteja por trás disso, adicionando componentes maléficos para controlar a população. Existem muitas conspirações por aí.

O dono da farmácia sorriu, mas parecia já estar sem paciência. Mesmo assim seguiu com seus conselhos.

- Imagina senhor, isso é bobagem, não sei de onde surgem essas histórias absurdas, são apenas teorias furadas e impossíveis que sejam reais, o governo nunca seria capaz de fazer algo desse tipo contra a população.

- Você tem razão, as vezes fico meio paranóico... seria um absurdo mesmo... vou levar o shampoo.

Satisfeito, seu Jacinto paga pelo produto e sai da farmácia. Logo, o farmacêutico um pouco nervoso, tira o telefone do gancho, disca um longo número e apenas profere balbuciante:

- Ele sabe de tudo.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Revelação

Re-postando o conto Revelação ;)

Num momento de tristeza e arrependimentos, Ari chega nervoso no bar. Quer fazer uma revelação à sua melhor amiga, Vanessa.

Ela já está na mesa esperando e vê o semblante preocupado do seu amigo:

- O que aconteceu? – Pergunta ela sentindo a energia negativa pairando no ar.

Ari senta, se acalma por um instante e discursa:

- Sabe Vanessa, eu nunca tive uma amiga como tu, passamos por tantos momentos juntos, tristezas e alegrias, choros e gargalhadas, sempre nos completamos. A simplicidade da nossa amizade fez com que ela durasse tanto tempo e se tornasse apenas amor e irmandade.

Vanessa estava confusa. Porque Ari estava dizendo tudo aquilo? Claro que ela também acreditava naquelas palavras, mas essa compaixão entre eles não precisava ser falada, apenas sentida. Todos os tipos de pensamentos corriam na mente de Vanessa, “Será que ele não quer mais me ver?”, “Será que arrumou um emprego em outro país?”. Não sabia em qual das loucuras da mente acreditar.

Ari continua seu discurso num tom calmo:

- Lembro de todas as nossas festas, nossas boas conversas aqui nesse bar e nossos passeios pelo parque. To falando isso porque é muito difícil pra mim, dizer o que tenho que dizer, revelar o que tenho que revelar.

Vanessa estava apreensiva, só fazia gestos com a cabeça, concordando com o que seu amigo dizia.

Ari continua:

- Espero que isso não prejudique a nossa amizade, que pra mim é eterna.

Depois de respirar profundamente ele faz a revelação tão esperada:

- Eu parei de beber!!!

Vanessa estava paralisada. Nunca pensou que escutaria aquilo. Seu mundo estava caindo, seu corpo perdia forças, queria cair e nunca mais levantar, queria dormir e nunca mais acordar. Sentia que acabava de perder seu amigo, seu parceiro de sempre, estava de luto, Ari havia morrido naquele momento.

Apenas conseguiu exclamar:

- Porque tu fez isso comigo???

A amizade não fazia mais sentido. De amigos eternos, haviam se tornado dois desconhecidos em um segundo.

Vanessa não queria acreditar.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Raimundo fora do ar

A champagne já estava na cabeça. E ele não podia beber, tomava remédios.

A festa estava boa, mas Raimundo se sentia fora do ar, parecia que estava em outro mundo, estava tudo diferente. Ao avistar seu melhor amigo, vai direto ao seu encontro, meio cambaleando.

- Valdir, caraca... que festa hein... hic... a noiva está linda... ai... e a mãe dela tá um filezão... hehe!!!

- Isso aqui é uma formatura, eu nem te conheço, e meu nome é Pedro.

Raimundo ria alto, “Valdir está mais fora do que eu”, pensava.

A festa estava boa, Raimundo curtia como nunca, mas o cansaço estava batendo, só pensava em encontrar sua mulher e dar o fora, a champagne fazia efeito. No reencontro com a noiva mais algumas palavras de felicitações.

- Estava tudo ótimo, tenham uma magnífica lua de mel, estou torcendo por vocês.

- Eu acabei de me formar, quem é você?

Raimundo saiu antes que a moça falasse, queria encontrar logo sua mulher e ir pra casa o mais rápido possível.

- Aah, aí está você Clementina, não te vi a festa toda.

Clementina estava furiosa, gritava e se esquivava de Raimundo. Escutavam-se os gritos no salão ao lado, onde os noivos saíam felizes para sua tão esperada lua de mel.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Tributo à crise

Os EUA estão devendo $ 14 trilhões e o governo busca um aumento do teto da dívida.

O Senhor Rockefeller entrou no escritório de Obama hoje e ordenou: “Me paguem o que devem ou eu mando cortar o suprimento de frango frito do país”. Obama gelou.

Então, pra quem não entende porque Rockefeller entrou no escritório de Obama, aqui vai uma breve explicação. Alguns poucos e poderosos banqueiros controlam o dinheiro criado nos EUA. Assim que o governo precisa de dinheiro para guerras, defesa contra o terrosismo, etc, lá está o Banco Central (no qual esses banqueiros são donos) para financiar tudo isso, imprimindo uma quantia enorme de notas do nada, assim os EUA devem para alguém que criou dinheiro como mágica. O dia-a-dia no governo Estadunidense deve ser mais ou menos assim: “Temos que capturar esse truculento ditador do Oriente Médio, precisamos de $ 4 trilhões. Vamos controlar o vazamento de petróleo no Golfo do México, $ 1 trilhão. Peidei, $ 24 trilhões”.

E o senhor Rockefeller do outro lado da linha: “Não querem aproveitar a promoção de dois países invadidos por $ 10 trilhões?”

Desse modo os poucos poderosos vão ficando cada vez mais poderosos, colocando em risco uma nação, criando um efeito dominó, que já está atingindo a Europa e por fim o mundo inteiro. E tudo com consentimento dos governantes, que querem mamar nessas pomposas tetas... não é Bill Clinton?

Nossa, mas parece que eles não estão nem aí para o povo!!!

É exatamente isso, as verdinhas valem mais do que o seu sofrimento.

Rothchild uma vez tentou vender a mãe para Rockefeller: “Vamos, eu domino a produção de petróleo no Catar e você fica com a velha”. Dessa vez Rockefeller aceitou, já que tinha vendido as filhas numa feira de artesanatos em Manaus e estava se sentindo só.

Essa é a crise inventada dos velhos capitalistas. Mentem um pouco aqui, enganam outro ali e você acredita em tudo.

Bom, deixa eu encerrar e sair daqui que meu pai ta chamando pra dar uma volta no jatinho novo dele e passar o fim de semana na nossa mansão em búzios. AAAWWYYEEAAA.

terça-feira, 5 de julho de 2011

No dentista

O doutor já estava pronto para começar a analisar a boca de Jorge, que recém havia sentado na famosa cadeira do dentista.
- Muito bem Jorge, deite-se e relaxe.
- Sim doutor.
Jorge não tem medo de dentista, então facilmente atende às suas ordens.
- Abra bem a boca.
Analisando bem a fundo o doutor começa uma boa conversa com seu paciente.
- Como vai a família?
- Heeeh.
- Como esfriou né, é bom pra ascender a lareira e se enrolar num cobertorzinho...
- Haaah huaheh.
O doutor, sempre com um papo interessante continua a conversa.
- Sabe, as vezes não me conformo com o tamanho de impostos cobrado no país, e a inflação hein, cada dia nos decepcionamos com o aumento dos preços... e o salário continua o mesmo.
- Hããh, Huuh hiiiih hééé.
- Eu também acho, ainda mais agora que estão começando a se revoltar no oriente médio.
- Hoooh
- Bom, está tudo certo com seus dentes, pode cuspir que estamos prontos.
Satisfeito, Jorge levanta e se despede.
O doutor retribui o tchau e enquanto vê seu paciente deixando a sala pensa pra si, “impressionante, mas o Jorge nunca tem uma opinião sensata e convincente quando conversamos”.

terça-feira, 28 de junho de 2011

quarta-feira, 22 de junho de 2011