terça-feira, 26 de abril de 2011
segunda-feira, 25 de abril de 2011
O Conto do Nêgo Véio
Os nêgo véios tão sentados na roda de chimarrão ao lado daquela fogueira gaudéria.
Amâncio com a cuia na mão, vestindo sua roupa típica começa a conversa com um causo:
- Mas tchê, vou contar o que me aconteceu ontem, tava mexendo naquele computador quando pediu pra atualizar a nova versão do Windows Live Essentials, deus u livre... E começou a baixar aquele tróço... Mas tchê, aquilo baixava que era um raio... depois de terminado, começou a instalar todos os programas do Windows em uma nova versão... Mas fiquei loco que nem bixo, o MSN não era o mesmo tchê, eu tava mais perdido que filho de puta em dia dos pais, deus u livre... até que tomei uma decisão, deletei o programa... mas pra quê... aquilo não abria mais nada... então resolvi fazer um back up nesse PC, e tu acha que deu certo? Que nada, demorou um eito e não me agüentava mais sentado la... tu acredita que tive que restaurar o sistema? Deus u livre, o PC ficou bom que nem um cavalo tratado, o tróço ta uma maravilha tchê, que felicidade...
Seus amigos, não apresentaram reação alguma, apenas ouviam Amâncio, sem questioná-lo, pois entendiam que ele já não vivia mais no mundo real.
quinta-feira, 7 de abril de 2011
O Assalto
quarta-feira, 6 de abril de 2011
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Revelação
Revelação
Num momento de tristeza e arrependimentos, Ari chega nervoso no bar. Quer fazer uma revelação à sua melhor amiga, Vanessa.
Ela já está na mesa esperando e vê o semblante preocupado do seu amigo:
- O que aconteceu? – Pergunta ela sentindo a energia negativa pairando no ar.
Ari senta, se acalma por um instante e discursa:
- Sabe Vanessa, eu nunca tive uma amiga como tu, passamos por tantos momentos juntos, tristezas e alegrias, choros e gargalhadas, sempre nos completamos. A simplicidade da nossa amizade fez com que ela durasse tanto tempo e se tornasse apenas amor e irmandade.
Vanessa estava confusa. Porque Ari estava dizendo tudo aquilo? Claro que ela também acreditava naquelas palavras, mas essa compaixão entre eles não precisava ser falada, apenas sentida. Todos os tipos de pensamentos corriam na mente de Vanessa, “Será que ele não quer mais me ver?”, “Será que arrumou um emprego em outro país?”. Não sabia em qual das loucuras da mente acreditar.
Ari continua seu discurso num tom calmo:
- Lembro de todas as nossas festas, nossas boas conversas aqui nesse bar e nossos passeios pelo parque. To falando isso porque é muito difícil pra mim, dizer o que tenho que dizer, revelar o que tenho que revelar.
Vanessa estava apreensiva, só fazia gestos com a cabeça, concordando com o que seu amigo dizia.
Ari continua:
- Espero que isso não prejudique a nossa amizade, que pra mim é eterna.
Depois de respirar profundamente ele faz a revelação tão esperada:
- Eu parei de beber!!!
Vanessa estava paralisada. Nunca pensou que escutaria aquilo. Seu mundo estava caindo, seu corpo perdia forças, queria cair e nunca mais levantar, queria dormir e nunca mais acordar. Sentia que acabava de perder seu amigo, seu parceiro de sempre, estava de luto, Ari havia morrido naquele momento.
Apenas conseguiu exclamar:
- Porque tu fez isso comigo???
A amizade não fazia mais sentido. De amigos eternos, haviam se tornado dois desconhecidos em um segundo.
Vanessa não queria acreditar.