terça-feira, 7 de junho de 2011

Um grande homem

Ele era um homem trabalhador. Trabalhava todos os dias, menos segundas e sextas, e tirava folga nas quartas, porque ninguém é de ferro.
Era um homem bondoso e generoso. Não dava esmolas, nem ajudava ninguém, porque achava que isso prejudicava os pedintes, “como vão arrumar trabalho, se ganham tudo de mão beijada?” - Dizia ele.
Era um homem sem vícios, não bebia nem cerveja, apenas nos fins de semana e quando tirava folga do trabalho. Também não fumava, odiava cigarro, mas fumava maconha e mastigava folha de coca todos os dias, por ser natural, queria seguir a risca seu vegetarianismo.
Amoroso com sua família, chegava em casa tarde para não incomodar sua mulher. Dava tudo aos seus filhos, mas tinha que agir energeticamente algumas vezes, tudo em prol de uma boa educação.
Que grande homem ele foi. Nos deixou jovem. Sua família não entendia. Porque essa repentina partida? Será que os bons vão cedo?
Mas o mais importante é que saiu deste mundo admirado por todos, como um dos homens mais bondosos e de bom coração da favela das cabeças cortadas.

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